Na tarde desta quarta-feira, 25, o Sindijore RS realizou o curso online ‘Previsão do Tempo’, ministrado pela especialista na área Estael Sias, que é Meteorologista formada pela UFPEL com mestrado na USP na área de tempestades e Sócia Diretora na empresa MetSul, com mais de 20 anos de atuação em previsão do tempo, inclusive em importantes veículos de comunicação do Estado.
Por cerca de três horas, Estael trouxe conteúdos fundamentais acerca de importantes estratégias para profissionais de imprensa que trabalham com informações ligadas ao clima e ao tempo, em períodos marcados por calamidades climáticas no Rio Grande do Sul.
A meteorologista reforçou a importância de se ter uma linguagem clara e simples para transmitir a previsão do tempo ao público dos meios de comunicação de massa, como jornais, rádio e televisão. Ao se noticiar a previsão para uma determinada cidade ou região, é preciso deixar claro como o tempo vai se comportar em diferentes períodos do dia e de que forma às condições climáticas vão impactar diretamente naquela localidade. Um ciclone pode provocar ventanias e temporais com raios, por exemplo, e a variação das massas de ar impactam diretamente em mudanças bruscas de temperatura, dentre outras situações. São formas de alertar o público que está consumindo a informação.
Em tempos de enchentes e eventos climáticos, a meteorologista ressaltou também a importância de os jornalistas deixarem claro a localização geográfica de cada rio, para que os moradores saibam se aquele rio passa ou não por sua localidade e se há riscos de ser afetado diretamente com uma possível cheia. Em meio a este cenário, Estael relatou que muitos moradores não possuem esse conhecimento prévio, e sendo assim, não conseguem realizar uma prevenção adequada diante das adversidades. Outro ponto ressaltado pela especialista é que estudos meteorológicos apontam que eventos extremos no Estado devem ser mais rotineiros e que planos de prevenção se fazem cada vez mais necessários.
Ela também mostrou imagens de satélites durante as enchentes de 2024 e explicou de forma técnica como os meteorologistas as utilizam para extrair informações sobre as condições do tempo em determinados locais e identificaram imagens com um certo padrão ao longo dos dias que marcaram a maior catástrofe climática do Estado. Nos slides, também foram mostradas situações de cheias de rios e acúmulo de lama em meio as enchentes, claramente visualizadas nas imagens de satélite.
Por fim, a meteorologista apresentou de forma teórica todos os tipos de fenômenos climáticos, tais como frentes frias e quentes, tornados, furacões, tufões e ciclones, dentre outros, e como cada um impacta em relação as condições do tempo. Estael explicou como os meteorologistas conseguem prever tais fenômenos a partir das imagens de satélite.
Para os jornalistas que trabalham com previsão de tempo, a cautela e o equilíbrio são essenciais, de forma a não criar uma situação de alarmismo e realizar alertas com muitos dias de antecedência, já que os fenômenos climáticos estão sujeitos a alterações em seu curso, mas também orientou que não devem afirmar categoricamente que a chuva que está prevista não deve causar impactos mais significativos em determinada região, por exemplo, já que em caso contrário, a surpresa será negativa e os impactos podem vir a ser severos.
Mais de 30 participantes estiveram no encontro virtual realizado através da plataforma Google Meet, em mais um momento de conhecimento e vivência profissional proporcionado pelo Sindijore RS a seus associados, profissionais de imprensa e interessados em geral. O curso foi uma realização do Sindijore RS através do presidente da entidade André Luis Jungblut e a transmissão via Google Meet foi orientada e conduzida pelo secretário geral do sindicato, Marcos Praia.
Confira abaixo algumas imagens apresentadas por Estael Sias durante o curso:
Por Assessoria de Comunicação do Sindijore RS – Gabriel Pfeifer
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