Ecossistema de fake news é permanente, mas se aproveita de tragédias, avalia jornalista

Ecossistema de fake news é permanente, mas se aproveita de tragédias, avalia jornalista

Como as fakenews se propagam em situações de crise foi o tema do debate promovido pela Associação Riograndense de Imprensa, no último sábado (1º), data que em que se celebrou o Dia Nacional da Imprensa. “Conforme a água inundava as casas, a desinformação inundava as redes”, sintetizou o jornalista Paulo Motoryn, repórter do site Intercept Brasil e correspondente do New York Times em Brasília, convidado para debater o assunto com o jornalista, professor e pesquisador Alisson Coelho, da Universidade Feevale.

Para Motoryn, o que está ocorrendo no Rio Grande do Sul, em termos de fake news, é um ecossistema que não nasce na tragédia, mas que está organizado para fazer isso todos os dias. Segundo ele, essa estrutura vai se aproveitar de cada uma das tragédias brasileiras para amplificar suas próprias crenças.

O jornalista avalia que o Brasil é um país altamente polarizado e que as pessoas estão cada vez menos dispostas a ouvir o contraditório. “E, nesse caso do negacionismo climático, a extrema-direita está cada vez mais forte e empenhada em disseminar isso”, apontou.

Ele explica que as redes de desinformação atuam para desassociar os desastres ambientais do que a ciência vem apontando no cenário ambiental mundial, em termos de mudanças climáticas, e fazem circular teorias da conspiração sobre esses temas.

Fonte: ARI – Associação Riograndense de Imprensa – Edição Katia Marko

Crédito da foto: Jorge Leão

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