O presidente-executivo da ANJ, Marcelo Rech, participou na tarde desta quarta-feira (19), em Brasília, do debate sobre “Novos desafios regulatórios do ecossistema digital”, promovido pela Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Rech defendeu a necessidade de regulação da atividade das plataformas digitais, da mesma forma como ocorre com a atuação das empresas jornalísticas, destacando a autorregulação como modelo preferencial.
Além da regulação, o jornalista salientou como fundamental o estabelecimento de uma responsabilidade sobre a forma como as empresas fazem dinheiro. No caso das empresas digitais, sobretudo, no que diz respeito aos conteúdos impulsionados. “Nada mais são do que publicidade”, disse Rech, enfatizando que, ao contrário do que faz o jornalismo profissional, as empresas digitais não se responsabilizam sobre os conteúdos que publicam. “Isenção de responsabilidade não pode ser mais aceita na nossa sociedade”.
O presidente-executivo da ANJ lembrou ainda que a liberdade de imprensa depende também do fortalecimento do jornalismo profissional e que, infelizmente, o ambiente jornalístico no mundo está em degradação. Rech ressaltou que, no Brasil, segundo o Atlas da Notícia, temos mais de 2,2 mil municípios sem atividade jornalística, justamente quando mais se precisa da imprensa. “O melhor antídoto à desinformação é a ampliação da visibilidade do que chamamos de pluralidade e da busca da verdade, ou seja, do jornalismo”.
Fonte: Associação Nacional de Jornais (ANJ)
Leia mais:
Sérgio Lüdtke anuncia selo para veículos de comunicação no Café com Aner